Comeram o meu amor
Sem que eu me desse conta
Sugaram-mo das entranhas
Lamberam-lhe cada fresta
Chuparam-no até ao tutano
De tal forma que
Passaram-se anos
Sem que me desse conta
Do seu silêncio em dor
E agora que to queria dar
Não o tenho senão calado.
Com fé e paciência voltará
Qual grito agudo de luz e cor
Para que o possas agora comer
Tu, meu amor.
No comments:
Post a Comment