1 September 2015

Poema de Sotavento

Cai a noite serena ao sul.
O cheiro quente da palha
Envolve o intenso luar.
Orquestras de grilos e cigarras
Fazem o feno falar.
O mar morno nos ouvidos...
Cheira a Islão e maçapão.
Lendas brancas e estrelas sábias
Deslizam como lava lenta e ardente pelos terraços.
Nas noites azuis ainda dançam
Mouras encantadas e sereias inebriadas,
Até que tudo cubra e adormeça
A bruma da madrugada.