As palavras são mantras
Seres misteriosos, primitivos
Sons e estalidos
Transformados em belos signos,
Cornucópias e rabiscos
Umas em pé
Outras deitadas
Umas mais sós
Outras acompanhadas
Lá se abraçam
E entrelaçam
Prometendo algum sentido
Mas em boa verdade
Não são mais que gemidos
Urros, sussurros e latidos
Uma algaraviada de ruídos
Sem fim e sem motivos
Mas que nos mantém todos unidos
E vai marcando o compasso
Do tempo em que existimos.