23/ 08/ 2011
Ser artista é ser abençoado. É ter uma doença tão grave que é a própria cura. É ser mais alto, dizia a outra. Tão alto que não se chega e nem cabe em lado nenhum. Tão alto que se desequilibra e tropeça e cai. É ser desequilibrado. É sentir tanto que nem sente mais nada. É hummmmmmmmmmmm... Do outro lado do aquário. Espelho do espelho. A gritar tanto que se acaba surdo, fechado no próprio mundo. Autista. Auto-ista. Ego. Isto. Ou aquilo. Eu sei lá o quê! Ser artista é sei lá o quê que não se entende nada do que anda para ali a fazer. É ter uma sorte. Sem saber a sorte que tem. Que sorte... Morte... Que morte? O artista não morre. O artista está morto antes de morrer. Porque vive tanto que não vive nada. Muito para além da vida. Sem medo, lá vai ele. Que sorte a do artista!
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