É brilhar incessantemente,
Sem descanso,
Mesmo quando não há vontade.
É ver os planetas em volta
Reagirem ao seu calor e brilho,
Alguns frios e distantes,
Alguns secos, escaldantes,
Por terem chegado demasiado perto
Sem, no entanto, lhe chegarem a tocar.
Mas há sempre um cheio de vida,
Colorido, luminoso, inebriante
Eterno namorado,
Longe o suficiente para não se queimar
Perto o bastante para se poder amar.
E todos o cercam, circundam,
Confundem, misturam...
Todos se alimentam
Do seu brilho e do calor
Que o Sol tem para emanar.
E o Sol continua a dar
E queima e explode e rebenta
Sabendo que nada lhe será nunca devolvido
E mesmo que fosse, isso não faria sentido,
Porque haveria sempre de ser destruído
Num instante, pelo seu fogo imenso
- Fossem retornos agradecidos
Ou ataques enraivecidos.
É que o Sol só pode brilhar só
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