Évora suave e doce
Branca e amarela
Corres pelas tuas ruas abaixo
Perdendo-te de ti mesma
E caindo a teus próprios pés
Por saberes bem que és tão bela
E sob esse manto azul celeste
Entre frios recortes de nuvens
E raios de sol ardentes
Rebolas e dás cambalhotas
Saltando postigos e janelas
Atravessando arcos e portas
Sempre assim trocando as voltas
A teus infinitos amantes
É que se ainda agora te perdias
Fiando enredados labirintos
E cornucópias estonteantes
Rapidamente te endireitas
Deixando claro a esses tratantes
Que nada - mas mesmo nada!
Será nunca mais como dantes.