Era uma vez um onanista
- palavra mais esquisita.
Vá ver ao dicionário!
Mas não era um onanista qualquer.
Não, o nosso era um onanista literário.
Só escrevia por puro prazer
Sempre que podia
E não tinha mais o que fazer.
De pena alçada e papel em punho
Lá batia mais um texto
Rabiscava outro gatafunho.
E entre prosas e poemas,
Muitos rascunhos e alguns esquemas
Lá acabava por se vir,
Ora mais voraz ora mais contido,
Tantas vezes sem soltar sequer gemido.
E era assim que, naquele agradável torpor,
Encontrava o santo remédio
Para a sua mais profunda dor.
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