No escurinho do cinema,
Soltou-se aquela gargalhada
Tão sentida, tão plena!
E, de repente, parecia
Que tudo estava igual,
Que o mundo não mudara.
Estar ali afinal
Ainda era normal.
Naquele breve instante,
A máscara do tempo caiu
E todos podíamos ver
Aquela cara enrugada,
Contorcida, iluminada
Pela grande tela brilhante
E por aquele riso contagiante
Que inundava a sala
E nos devolvia
Uns aos outros.
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